Museo Veronica apresenta Espanha rústica e purista a preços acessíveis

“Comidas raras y vinos buenos”, é assim que o Museo Veronica se define. Essa expressão encapsula a essência do cardápio, que une a tradição da cozinha espanhola artesanal e autêntica a uma abordagem criativa e contemporânea dos principais pratos ibéricos. A proposta é oferecer uma Espanha rústica e purista por meio de uma curadoria de ingredientes típicos e sazonais, que são transformados em receitas autorais e clássicas, fazendo com que cada visita se torne uma experiência singular que desafia as todas as expectativas. Como toda boa casa espanhola, os vinhos são uma atração à parte, destacando-se pelos preços acessíveis, tanto para taças quanto para garrafas, em contraste com os valores geralmente elevados encontrados em estabelecimentos similares.

Seguindo a linha hispânica, o cardápio pode parecer um pouco diferente dos tradicionais espanhóis, os quais trazem a habitual paella como protagonista. O menu, que segue a linha terra e mar, tem como diferencial a forma como apresenta os ingredientes, como a lula que aparece dentro das Croquetas Negras (R$36, seis unidades), cremosas e de cor marcante. Mas se a pedida for os clássicos hispânicos, a tradicional Tortilla (R$18) à base de ovos, batata e cebola sai da cozinha em uma generosa fatia quentinha. Já o Pan com Tomate aparece em sua versão simples (R$23) e nas opções com Queijo Manchego, Jamón Serrano ou Anchovas (R$36). Com descrições resumidas e em espanhol, o cardápio pode gerar dúvidas, então não hesite em perguntar, mesmo que os atendentes possam demorar um pouco para chegar à mesa.

No salão principal, de tons avermelhados e paredes aconchegantes, a perna de Jamón fica exposta no bar, convidando a clientela para saborear a iguaria. Cortado em fatias finas, o cliente pode optar pelo Serrano (R$87) ou pelo célebre Ibérico (R$121). A linha “da terra” no menu, também é muito bem representada pela charcutaria artesanal, no Mix de Embutidos (R$50) que traz Sobrasata, Chorizo e Fuet. Para harmonizar, além de cervejas e drinks autorais e clássicos, o destaque da casa, que pertence aos mesmos donos do Carmen La Loca e do extinto Maripili, fica por conta da carta de vinhos, que contempla rótulos nacionais e internacionais, nas opções de taças (a partir de R$22) e garrafas (a partir de R$68).

O forte do restaurante são as pequenas porções no estilo tapas ou “de picar” como descritas no menu, incentivando a clientela a provar um pouco de tudo, entre uma taça e outra. Porém, os pratos principais não ficam nem um pouco atrás no quesito qualidade e autenticidade. Cortes considerados “de segunda”, ganham versões bem apresentadas e saborosas, a exemplo da Carrillada (R$54), cozida com maestria no vinho tinto, a bochecha de boi derrete na boca de tão macia e combina super bem com purê de batatas, que acompanha. A simplória rabada, aparece no cardápio como Rabo de Toro (R$58) e ganha apresentação sofisticada. Desossada, é servida no molho da própria carne sob uma massa filo crocante, mas que impressiona mais aos olhos do que no paladar, tal como as Albondigas com Calamares (R$54), almondegas de carne com anéis de lula e molho à base de tinta de lula.

Para completar a experiência hispânica, não deixe de pedir pelo menos uma das sobremesas tradicionais, em especial a Tarta de Santiago (R$21), à base de amêndoas e ovos, decorada com a clássica Cruz de Santiago de Compostela em açúcar de confeiteiro. Caso prefira o Leche Frito (R$ 16), muito cuidado ao degustar, pois o doce típico à base de leite e de textura que se assemelha ao pudim, é empanado numa mistura de açúcar e canela, chega à mesa quase fervendo.

A casa não faz reserva e costuma lotar à noite e aos finais de semana, por isso aproveite que o restaurante funciona do meio-dia às 23h (de segunda à sábado e domingo até às 17h), para visitar em horários alternativos. O local não possui serviço de vallet ou estacionamento próprio, por isso dê preferência para ir de carro de aplicativo ou de metrô, cerca de 1,6km da estação Eucaliptos.